quarta-feira, 30 de novembro de 2011

A Fundacentro e a Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho

A Presidente Dilma Rousseff assinou agora, no dia sete de novembro, o decreto nº 7602 que institui a Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho (SST), elaborada por Comissão Tripartite (governo e entidades dos trabalhadores e dos empresários) sob coordenação do Ministério do Trabalho e Emprego. A proposta foi encaminhada à Casa Civil em abril de 2010 por três ministros: o da Previdência Social, o da Saúde e o do Trabalho e Emprego.
A publicação era aguardada com certa ansiedade. Já fora até anunciada anteriormente, pois ainda que não trouxesse avanços excepcionais à análise e propostas de implementação, era o resultado de um processo consensual de grande significado político. Afinal, é a demonstração pública do quanto os agravos à saúde do trabalhador devem merecer a atenção de todos e não só daqueles ministérios e entidades hoje diretamente envolvidos no esforço de redução dos mesmos no Brasil.
É muito claro que a nível do Governo Federal não são apenas os três ministérios co-signatários que devem se engajar nesse esforço, ainda que sobre eles deva recair a função coordenadora. Vale lembrar que quando o Ministério do Trabalho foi criado por Getúlio Vargas, ele o foi como irmão siamês do desenvolvimento industrial: seu título era Ministério da Indústria e Trabalho. Sobre o Ministério do Desenvolvimento Industrial e Comércio Exterior recai uma boa parcela de responsabilidade sobre os riscos ao trabalhador, ao mesmo tempo em que este ministério possui instrumentos fortes de proteção à força de trabalho, pouco acionados. Isso não é menos verdade para os Ministérios da Agricultura, da Pesca, todos os ministérios ditos econômicos, inclusive os da infra-estrutura, como transportes, energia, e os tipicamente sociais, como os que cuidam da educação e do meio ambiente.
Na conjuntura atual, com crescimento do emprego, introdução de novas tecnologias, investimentos do PAC, urge articular a área aos fóruns econômicos e programas de outros setores, como os que direcionam a Política Industrial, a Política de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, etc.
Os agravos à saúde do trabalhador são um problema dos governos por inteiro e da sociedade em geral. No entanto, a discussão da questão da SST encontra-se relativamente confinada a círculos governamentais estreitos e, mesmo entre trabalhadores, só recentemente começa a ser  incluída na pauta ativa.
A razão para isso é histórica. Afinal o fim do escravagismo aconteceu no Brasil há pouco mais de um século. A luta econômica por melhores salários é desafiadora. É nossa obrigação democrática mudar essa história: uma tarefa de todos. Se isso é fundamental para um novo Brasil no campo ideológico, é ainda mais no campo político. Ou seja, a necessidade de atenção adequada à saúde do trabalhador soma-se hoje ao quadro das necessidades nacionais para superar o atraso econômico e social brasileiro a um só tempo.
Para dimensionar o problema não precisamos de muitos números, disputar campeonatos internacionais, nem exagerar estimativas. Que exemplo nos deu recentemente o Tribunal Superior do Trabalho (TST) ao lançar uma campanha preventiva, afinal fora de sua atribuição formal, mas dentro de sua formação ética! O Ministro João Oreste Dalazen, Presidente do TST, concluiu que as estatísticas são falhas. O TST e os TRTs vivem atulhados de processos, reivindicações e causas que não constam das estatísticas dos acidentes do trabalho.
E mais: os registros e causas normalmente dizem respeito a trabalhadores da economia formal. Ora, pouco mais de 50% dos trabalhadores brasileiros possuem carteira do trabalho. Para os trabalhadores da economia informal, as estruturas existentes não têm alcance maior, nem por projetos de capacitação específica, nem por instrumentos de fiscalização das condições de trabalho e emprego.
Para fugir de discussões sobre indicadores, podemos usar apenas um número, provavelmente o que possui menos viés, embora não isento dele: o número de óbitos por acidentes de trabalho, certamente também subestimado. São cerca de 3.000 mortes registradas por ano, ou seja, 8 mortes por dia trabalhado - ou 1 morte por hora. As notícias de acidentes envolvendo mortes coletivas são cotidianas na grande imprensa, ainda que em espaços sem destaque.
De outro lado, a incapacidade e aposentadorias especiais causam problemas sociais e econômicos de monta. Em 2008, mais de 12 mil pessoas foram incapacitadas de modo permanente; 330 mil, temporariamente, por mais de 15 dias, num total de 765 mil acidentes liquidados pelo INSS. Em aposentadorias especiais, o INSS despende cerca de R$15 bilhões por ano. Há uma estimativa de que esses agravos à saúde do trabalhador consomem, cerca de 3,5% do PIB, levando em conta horas perdidas de trabalho, atenção médica, diminuição da produtividade. Uma parcela bem superior à dos recursos reclamados para a saúde.
A Política Nacional de SST contempla, em particular, um órgão do qual me orgulho de dirigir: a FUNDACENTRO -  Fundação Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho – atribuindo-lhe responsabilidades à altura do prestígio conquistado ao elucidar, através de estudos e pesquisas, mecanismos e fatores de risco para o adoecimento e para os acidentes de trabalho. Além disso, a FUNDACENTRO contribuiu para a elaboração de normas reguladoras e promover a SST, transformando-se em órgão assessor da OMS e da OIT nesse campo.
Há dois anos procuramos tirá-la de relativa estagnação em que se encontra nos últimos dez anos, decorrente do esvaziamento de quadros técnico-científicos e da perda de fonte de recursos próprios na década de 90. Nosso objetivo é que a FUNDACENTRO cumpra renovado papel no campo da SST e possa plenamente atender aos reclamos do desenvolvimento econômico e social brasileiro.
A investigação sobre os determinantes sociais dos agravos à saúde do trabalhador, a par da organização do trabalho e emprego, a introdução de novas tecnologias e o desenvolvimento e a aplicação de novas tecnologias para a proteção do trabalhador são campos que precisam ser mais desenvolvidos na FUNDACENTRO.

Concentrada nas regiões Sul e Sudeste, nossa instituição precisa acompanhar o eixo de desenvolvimento atual rumo às regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Rever e harmonizar as normas atuais é mandatório, bem como acompanhar o PAC. Mas no seu quadro de servidores, as vagas ocupadas em todo o Brasil são apenas 267, face a 501 cargos existentes. Os recursos disponíveis (excluídos os gastos com pessoal do RJU), representam pouco mais de 25% do gasto anual da FUNDACENTRO, mantendo-se inalterados desde 2003.
Para o MTE sobram 50%, mesmo com as atividades de fiscalização que são intensivas  em mão-de-obra. Ou seja, o relativo grande gasto com pessoal da FUNDACENTRO é fruto do sub-financiamento de suas atividades, tanto gerenciais como finalísticas. 
Há mais de um ano encaminhamos uma proposta de reforma dos estatutos, que o Conselho Curador (tripartite) aprovou por unanimidade, uma proposta orçamentária que permita a expansão das atividades da FUNDACENTRO, e  realizamos concurso público, já homologado em junho de 2010, iniciativas que aguardam priorização nas instâncias superiores.  A expectativa é de que agora as autorizações sejam dadas e que a FUNDACENTRO possa acompanhar o Brasil, e contribuir para implementar a Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho.


Eduardo de Azeredo Costa, Presidente da FUNDACENTRO/MTE





sexta-feira, 9 de setembro de 2011

CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidente)

A CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidente) é obrigatória para empresas com mais de 20 funcionários independente do grau de risco. Segundo a NR-5 o papel da CIPA é ajudar na prevenção de acidente e doenças e ocupacional e deverá ser composta por representante do empregador e do empregado. 


Sempre que a CIPA identificar quaisquer anormalidades no ambiente de trabalho que venha a prejudicar o trabalhador a curto ou longo prazo, essa deverá comunicar o SESMT e em conjunto apontar solução para que os riscos sejam eliminados.


Pela NR-5 as atribuições da CIPA são:

a) identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o mapa de riscos, com a participação do maior número de trabalhadores, com assessoria do SESMT, onde houver;
b) elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva na solução de problemas de segurança e saúde no trabalho;
c) participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção necessárias, bem como da avaliação das prioridades de ação nos locais de trabalho;
d) realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condições de trabalho visando a identificação de situações que venham a trazer riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores;
e) realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas fixadas em seu plano de trabalho e discutir as situações de risco que foram identificadas;
f) divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança e saúde no trabalho;
g) participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promovidas pelo empregador, para avaliar os impactos de alterações no ambiente e processo de trabalho relacionados à segurança e saúde dos trabalhadores;
h) requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a paralisação de máquina ou setor onde considere haver risco grave e iminente à segurança e saúde dos trabalhadores;
i) colaborar no desenvolvimento e implementação do PCMSO e PPRA e de outros programas relacionados à segurança e saúde no trabalho;
j) divulgar e promover o cumprimento das Normas Regulamentadoras, bem como cláusulas de acordos e convenções coletivas de trabalho, relativas à segurança e saúde no trabalho;
l) participar, em conjunto com o SESMT, onde houver, ou com o empregador da análise das causas das doenças e acidentes de trabalho e propor medidas de solução dos problemas identificados;
m) requisitar ao empregador e analisar as informações sobre questões que tenham interferido na segurança e saúde dos trabalhadores;
n) requisitar à empresa as cópias das CAT emitidas;
o) promover, anualmente, em conjunto com o SESMT, onde houver a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho – SIPAT;
p) participar, anualmente, em conjunto com a empresa, de Campanhas de Prevenção da AIDS.




A CIPA deverá ter reuniões mensais de acordo com calendário pré-estabelecido e terão a ata assinada pelos presentes nas reuniões. A ata deverá ficar no estabelecimento à disposição dos Agentes de Inspeção do Trabalho – AIT. Além das reuniões mensais poderá haver ainda reuniões extraordinárias quando houver denuncia de alguma irregularidade que comprometa a qualidade de vida no ambiente de trabalho.


Fonte:
http://www010.dataprev.gov.br/sislex/paginas/05/mtb/5.htm

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

EM DEFESA DA CLT - CAMPANHA NACIONAL - FST

CAMPANHA NACIONAL EM DEFESA DA CLT

“O FST Nacional irá desencadear em todo o Brasil, ações político sindicais, através dessa Campanha, em conjunto com as suas entidades afiliadas, Federações e Sindicatos nas bases, assim como, ações dentro do Congresso Nacional (Câmara e Senado Federal), contra essa (Código do Trabalho) e outras preposições, que ameaçam as conquistas e os direitos dos trabalhadores e aposentados e, a estrutura sindical brasileira”  

O Fórum Sindical dos Trabalhadores - FST lançou oficialmente no dia 22/08/2011 dentro do Congresso Nacional, a Campanha Nacional em Defesa da CLT em ato solene no Senado Federal.

Essa iniciativa faz parte desta grande mobilização por demandas que dizem respeito a todos os trabalhadores e trabalhadoras:

- pela rejeição do atual PL 1.463/2011, que cria o Código de Trabalho e flexibiliza os direitos trabalhistas; 
- pelo fim das práticas antissindicais;
- pela redução da Jornada de Trabalho; 
- pela regulamentação da Contribuição Assistencial - PL 6.708/2009; 
- pela Manutenção da Contribuição Sindical compulsória; 
- pela estabilidade para os Dirigentes Sindicais e Membros Eleitos da CIPA PL 6.706/2009; 
- pelo Fim do Fator Previdenciário; 
- pela Reforma Política e Tributária; 
- pela Regulamentação da Lei de Greve e, pela extinção do Interdito Proibitório; 
- pela revogação do Inciso IX, § 2º, do Artº 114 da Constituição Federal (Comum Acordo); 
- pela Segurança e Saúde do Trabalhador.

O objetivo do Fórum é a de promover eventos e manifestações em defesa da CLT, em diversos Estados e Municípios do país, nas Assembléias Legislativas e nas Câmaras de Vereadores.

Temos que estar atentos, pois passados 68 anos da vigência da CLT, o diploma legal que garante a cidadania e a dignidade do trabalhador brasileiro, não falta quem queira revogá-la. E o tentam com o mais cínico dos argumentos, de que flexibilizando a legislação trabalhista a economia vai gerar mais empregos. Nada mais falso essa tese, pois não é atentando contra os direitos dos trabalhadores e contra os seus rendimentos que seremos uma Nação forte.

Um país que infelizmente ainda tem trabalhadores explorados como escravos não podem dar-se ao luxo de revogar direitos trabalhistas.

É bom lembrar que com a atual legislação sindical os trabalhadores chegaram ao poder neste país, elegendo vereadores, prefeitos, deputados estaduais e federais, governadores, senadores, e presidentes da república, como o ex-sindicalista Luis Inácio Lula da Silva e a militante do movimento social, Dilma Rousseff.

O sistema que nos foi deixado por Getúlio não é tão ruim como alguns apregoam. Precisamos resguardar e ampliar direitos, essa é a nossa meta.

Devemos defender a CLT, pois o FST pretende continuar a fazer isso por respeito à dignidade do trabalhador e da trabalhadora em sua labuta diária.

Portanto, o Fórum Sindical dos Trabalhadores - FST se mobiliza para dar início a uma imensa campanha nacional em defesa da CLT, a Consolidação das Leis do Trabalho, em defesa da unicidade sindical e dos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras do Brasil.

Lourenço Ferreira Prado
Coordenador Nacional do FST Interino
Presidente da CONTEC

“A UNICIDADE SINDICAL É PRIMORDIAL PARA MANTER A FORÇA DE ENTIDADES REPRESENTATIVAS DE CLASSE” “HISTÓRICAMENTE, A CRIAÇÃO DE ENTIDADES PARALELAS SÓ SERVE PARA SATISFAZER DIVERGÊNCIAS POLÍTICAS E NUNCA PARA FORTALECER A UNICIDADE SINDICAL.”

Fonte:


terça-feira, 23 de agosto de 2011

Resolução Normativa CFQ nº 240, de 18.08.2011 - Dispõe sobre Engenheiro de segurança do trabalho que atua na área de química, que deverá ser registrado no respectivo conselho regional

Nota IOB "Os engenheiros e tecnólogos de segurança do trabalho, para desenvolverem as suas funções na área da química, relacionadas à segurança do trabalho, na avaliação e quantificação dos contaminantes químicos presentes no ar do ambiente de trabalho, com emissão de laudos, bem como aqueles que promoverem ou orientarem as atividades inerentes à química, destinadas a manter os requisitos mínimos para proteção dos trabalhadores e do local de trabalho, deverão estar legalmente habilitados e registrados no Conselho Regional de Química da sua jurisdição."
O Conselho Federal de Química, no uso das atribuições que conferem os arts. 8º, 15 e 24 da Lei nº 2.800/1956, e tendo em vista os arts. 326, 330, 332, 333, 337, e 341 do Decreto-Lei nº 5.452/1943;
Considerando a necessidade de definir as diferentes modalidades de profissionais da Química para fins da fiscalização a que se incumbe o sistema CFQ/CRQs, assegurada pelos arts. 1º e 15 da Lei nº 2.800/1956;
Considerando os termos do art. 1º, itens IV e VI, art. 2º, item IV, alíneas a e g, e art. 4º, alíneas f e i, do Decreto nº 85.877/1981;
Considerando a prestação de serviço, pelo profissional autônomo, na área de Segurança do Trabalho;
Considerando que a Norma Regulamentadora nº 15 da Portaria nº 3.214, do Ministério do Trabalho de 8 de junho de 1978, em seus anexos nº 11 (Agentes Químicos Cuja Insalubridade é Caracterizada Por Limite de Tolerância e Inspeção no Local de Trabalho), Nº 12 (Limites de Tolerância Para Poeiras Minerais) e nº 13 (Agentes Químicos) versam sobre atividades da área da Química;
Considerando os termos das RN nº 198/2004 e RN nº 237/2011 e sua retificação, ambas do Conselho Federal de Química;
Considerando que as rápidas transformações tecnológicas do mercado de trabalho e das condições de exercício profissional exigem um adequado acompanhamento do Serviço de Fiscalização do Sistema CFQ/CRQs;
Resolve:
Art. 1º Deverão registrar-se, em Conselhos Regionais de Química, os profissionais autônomos que desempenhem as suas funções na área da Química, relacionadas à Segurança do Trabalho, na avaliação e quantificação dos contaminantes químicos presentes no ar do ambiente de trabalho, com emissão de laudos, bem como aqueles que promoverem ou orientarem as atividades inerentes à Química, destinadas a manter os requisitos mínimos para proteção dos trabalhadores e do local de trabalho.
Art. 2º Serão exigidos, como títulos obrigatórios, os profissionais da Química relacionados no art. 1º da RN 237/2011 e sua retificação de 03.03.2011, do Conselho Federal de Química, ou seja, Químico, Químico Industrial, Engenheiro Químico, Engenheiro de Segurança do Trabalho e Tecnólogo em Segurança do Trabalho.
Parágrafo único. Os Engenheiros de Segurança do Trabalho e Tecnólogos em Segurança do Trabalho, por força da RN nº 198/2004 do Conselho Federal de Química, para desenvolverem as atividades mencionadas no art. 1º supracitado, obrigatoriamente, deverão estar legalmente habilitados e registrados no Conselho Regional de Química da sua jurisdição
Art. 3º Fazem Fé Pública os certificados de análises químicas, pareceres, atestados, laudos periciais e projetos dos profissionais que satisfaçam as disposições dos arts. 1º e 2º da presente Resolução Normativa.
Art. 4º Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação no DOU.
JESUS MIGUEL TAJRA ADAD - Presidente do Conselho


Fonte: Diário Oficial da União, nº 166, Seção 1, p. 153, 29.08.2011

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Descarte de EPI

Uma questão muito importante e que traz um impacto ambiental muito grande é com relação à destinação dos EPI’s em desuso. A grande questão aqui é sem dúvida o que fazer com esses equipamentos? 


O descarte é responsabilidade da empresa, portanto é preciso verificar os locais de coleta e fazer o envio corretamente. Pra facilitar pode haver o acondicionamento em um determinado local de forma que esses equipamentos descartados estejam identificados, abrigados e protegidos para não haver infestação de pragas e logo em seguida destinados aos locais de descarte.


Lembrando também que a reutilização (através de higienização) de determinados EPI’s aumenta o risco de contaminação como é o caso de dermatose que pode ser provocada pelos produtos químicos utilizados na lavagem. Nesse caso é melhor descartar o equipamento do que correr o risco de prejudicar a saúde do trabalhador.



sexta-feira, 5 de agosto de 2011

SIT revoga entrega obrigatória do Resumo Estatístico Anual


A Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT), por meio da Portaria 237, de 10/06/2011, revogou o subitem 18.32 da Norma Regulamentadora 18 (NR), dentre outras normas. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) de 13/06/2011.
O subitem 18.32 dispõe sobre as Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção Civil, determinava a obrigatoriedade do empregador de encaminhar à Fundacentro a Ficha de Acidente do Trabalho, em até 10 dias após o acidente. Obrigava também a encaminhar o Resumo Estatístico Anual, até o último dia útil de fevereiro do ano subsequente.
Para ratificar a exclusão dessas obrigações, o texto da Portaria 237 SIT/2011 abrange a revogação dos Anexos I (Ficha de Análise de Acidente) e II (Resumo Estatístico Anual) da NR 18. Estes anexos continham os modelos de relatórios que deveriam ser preenchidos e encaminhados pela empresa à Fundacentro, nos casos de acidentes do trabalho.
A Fundacentro recebia esses relatórios, preenchidos pelas empresas, com o objetivo de gerar estatísticas de acidente de trabalho. O item 18.32 da Portaria isenta as empresas da obrigação de enviar tais documentos.
Para acessar a portaria clique aqui.

Fonte: 



quarta-feira, 27 de julho de 2011

Prevenir é o melhor remédio

Esse é um conselho antigo: prevenir é o melhor remédio. E sem dúvida e ainda mais quando se trata de acidentes. Antes de executar qualquer atividade é preciso avaliar os riscos, e se engana quem acha que risco é apenas no canteiro de obras.


Em todo lugar corremos risco de sofrer acidente, para verificar isso basta recorrer aos casos domésticos, ou mesmo os ambientes urbanos que estão cheios deles. Onde existe ação lá esta o risco. O risco de acontecer algo errado, de algo sair do controle, o risco de alguma ação não prevista ocorrer e desencadear uma série de avaria e ocasionar acidentes.


Por isso prevenir é importante, e quanto mais analisarmos mais cuidados tomaremos e mais longe do perigo estaremos. Uma análise de risco deve ser avaliada em grupo com a participação de toda equipe, deve ser discutida com os executantes, só assim, ela cumprirá o papel prevencionista.



sábado, 23 de julho de 2011

Cuidados básicos com os equipamentos de segurança

Os equipamentos de proteção individual são responsáveis pela segurança do trabalhador juntamente com os de proteção coletiva, sobretudo a conduta prevencionista. Para obter um bom desempenho dos EPIs devemos tomar certos cuidados, mantendo-os limpos e bem conservados.


Com certas atitudes higiênicas e cuidados podemos prevenir danos à nossa saúde como contaminação por meios de microorganismos ou produtos tóxicos.


Falarei aqui sobre algumas dicas simples de como manter bons hábitos de higiene e dessa forma garantir a eficiência de seu EPI.


Capacete – observe sempre a carneira do capacete, ela deve estar devidamente encaixada para proporcionar proteção ao usuário, é importante também mantê-las limpas, embora muitas vezes a contaminação por pó em área industrial torna difícil essa tarefa. Caso a carneira apresente algum defeito troque as imediatamente. Outro ponto importante é a regulagem da carneira, isso às vezes previne desconforto em caso de aperto excessivo, pois causa má circulação na área da cabeça pode se transformar em dores e desconforto. Obtenha sempre uma regulagem onde o capacete não esteja nem tão apertado e nem tão afrouxado a ponto de não proporcionar a proteção adequada.

Jugular - a função do jugular é manter o capacete na cabeça, sendo assim eles devem estar ajustados.

Óculos – utilize apenas óculos de segurança. Alguns indivíduos insistem em adquirir óculos de origem duvidosa e sem o CA e dessa forma passam despercebido por parecer com os óculos de segurança. É importante que os óculos tenham o CA, pois somente assim saberemos que o mesmo é capaz de proporcionar segurança ao usuário.
Em locais com iluminação deficiente é importante que utilizemos óculos incolor, descartando os óculos escuros e deixando o uso do mesmo apenas em ambiente aberto.
Faça inspeção nos óculos e veja se eles possuem uma boa visibilidade, arranhões são indícios que eles precisam ser trocados, lave-os sempre com água e sabão e deixe secar.

Protetor auricular – para os protetores tipo plug, mantenha-os sempre limpos, de preferência lave no final de cada expediente com água e sabão neutro e deixe secar, essa prática previne infecção no ouvido por meio de contaminação que eventualmente pode acontecer com o mau uso do protetor auricular.
Marque o protetor do ouvido esquerdo e direita e cuide para que não ocorra a troca entre os protetores, isso previne em caso de haver contaminação em um dos ouvidos para não passar para o outro.
Os protetores tipo concha embora sejam mais fáceis de cuidar precisam de atenção, pois alguns possuem molas e essas molas devem ser guardadas sempre descansadas quando estão em desuso. É importante também observar as espumas que fazem o isolamento acústico, essas devem estar em perfeito estado para garantir eficiência.

Luvas – as luvas são de uso individual, elas devem ser mantidas sempre secas, a umidade pode facilitar o aparecimento de bactérias fungos e diversos tipos de microorganismos que são prejudiciais à saúde. Outro cuidado que devemos ter com as luvas é observar bem seu interior antes de usar, alguns bichos podem se esconder dentro delas e sem que percebamos podemos levar picadas.

Cintos de segurança – Os cintos também merecem atenção especial e devemos fazer uma inspeção visual sempre antes de usar, eles devem ser devidamente ajustados ao corpo. Mantenha uma atenção especial aos talabartes verificando sempre os mosquetões e em caso de irregularidade devem ser trocados imediatamente.


Essas são as dicas dos principais Equipamentos exigidos, existe uma quantidade enorme de outros EPI’s que faria essa lista crescer e muito. É interessante dar uma olhada nas recomendações técnicas, observe a validade do CA, lembrando que o fornecimento do EPI é de responsabilidade da empresa (NR6.3) e o cuidado e conservação é do funcionário (NR 6.7.1).





domingo, 17 de julho de 2011

Organização e limpeza de canteiro

Todos sabem que um ambiente organizado e limpo é fundamental para o bom rendimento no trabalho. Alem de trazer bem estar a quem trabalha a organização e limpeza do local de trabalho evita consideravelmente o fator de riscos de acidente.


Quando o canteiro de obra está devidamente organizado as pessoas circulam livremente e há visibilidade melhor das condições adversas facilitando assim uma analise bem elaborada dos riscos que porventura possa ocorrer. 


Um ambiente de trabalho limpo traz o beneficio de melhores condições de trabalho e um dos mecanismos de se manter o ambiente de trabalho limpo é realizando uma coleta seletiva, destinando cada tipo de lixo para seu devido lugar. Alem da coleta seletiva o canteiro deve estabelecer lugar para cada tipo de ferramenta bem como o lugar certo de cada atividade, impedindo assim que se façam tudo em todo lugar.


A disciplina é uma aliada para a organização, todo trabalho de organização de um canteiro de obra deve ser feito em equipe para incentivar os demais membros a se importar com seu local de trabalho.


Como cada um pode ajudar na organização e limpeza? Simples!

  • Faça a coleta seletiva, evite jogar lixo em local inapropriado.


  • Ao ver algum material ou ferramenta em local impróprio encaminhe para o local adequado.


  • Evite deixar sobra de material em qualquer lugar, destine para uma área especifica.


  • Materiais orgânicos devem ser tratados com cuidado, pois a decomposição é rápida, o que pode atrair bichos alem de produzir mau cheiro, portanto evite a concentração dos mesmos no canteiro de obra.



Mantenha seu ambiente de trabalho limpo e organizado e se beneficie com as melhores condições que isso poderá oferecer.




sábado, 9 de julho de 2011

CRMG realiza curso de análise de acidente de trabalho

A Fundacentro – Centro Regional de Minas Gerais (CRMG) realiza, nos meses de julho e agosto de 2011, o curso de “Análise de acidente de trabalho”.O objetivo é contribuir para a capacitação de profissionais de Segurança e Saúde do Trabalho (SST) com relação às concepções contemporâneas e à ampliação do perímetro de análise de acidentes de trabalho.

O encontro é direcionado a profissionais de níveis médio e superior da área de SST de empresas privadas e estatais, de qualquer atividade econômica - incluindo o setor rural - saúde, comércio, serviços, transporte/trânsito. Poderão participar também líderes sindicais e alunos de cursos técnicos de segurança do trabalho.

Os docentes serão os pesquisadores e engenheiros de produção do CRMG, Eugênio Hatem Diniz e Eduardo Diniz Fonseca.

Os alunos serão divididos em dois grupos, conforme as datas estabelecidas. A Turma I será dia 18 e 19 de julho, e a Turma II em 8 e 9 de agosto, das 8h às 18h, com intervalo das 12h às 14h. Caso precise se ausentar, o aluno não poderá repor aula no horário do outro grupo, salvo se houver vaga disponível.

As vagas são limitadas: 35 por turma. Interessados devem enviar as informações contidas na ficha de inscrição no corpo do email para: crmg@fundacentro.gov.br.

Os certificados serão entregues no término do curso aos participantes que obtiveram 100% de frequência.

Para explicações sobre material didático e conteúdo programático clique aqui. Mais informações pelo telefone: (31) 3273-3766.



segunda-feira, 4 de julho de 2011

Dicas para DDS

Muito se fala no Canteiro de Obras sobre o DDS (Diálogo Diário de Segurança) e como o mesmo é ferramenta de extrema importância na prevenção contra acidentes de trabalho, mas poucos dão importância ao que é dito ou a qualidade do que é dito em um DDS.


Todos os dias antes de iniciar as atividades é importante que a equipe se integre e faça reflexões sobre temas relevantes de segurança do trabalho. Na medida em que os temas vão criando discussões dentro do grupo abre se espaços para novas idéias, correção de falhas e até mesmo o objetivo máximo que é a conscientização.


Pensando em melhorar a qualidade dos DDS elaborei algumas dicas para se fazer um DDS eficaz nas empresas.



  1. Pense no ramo da sua empresa – Qual a principal atividade de sua empresa? Fale sobre isso sempre, busque assuntos relacionados à atividade principal, isso envolve os demais profissionais fazendo com que os mesmos se interessem e participem mais.
  2. Ao se deparar com uma não conformidade divulgue no DDS, mas seja cauteloso e faça a divulgação de forma que não acuse ninguém, busque solução ao invés de acusar. Ninguém gosta de ser acusado, portanto fale da não conformidade conscientizado os demais.
  3. Seja democrático! DDS é onde todos têm vez e voz, ali não é espaço pra se praticar a hierarquia da empresa. Ouça a opinião alheia promova discussão inteligente, e quando perceber que o mesmo está tomando rumo não democrático guie para um ambiente mais civilizado.
  4. Procure ajuda, busque outros profissionais da área de segurança ou até mesmo quem não é da área de segurança. Chame os lideres de sua empresa pra falar de determinado assunto, mas deixe que eles escolham o tema. Chame aqueles funcionários que tem mais disposição pra falar em público e dê espaço pra eles, uma dica seria manter um dia da semana pra envolver alguém da turma. Chame outros técnicos de segurança de outras empresas ou empresas parceiras da sua. Nesse caso, como algumas obras muitas empresas se relacionam entre si, podem praticar o chamado DDSão, onde todas as empresas se reúnem pra fazer um DDS único num determinado dia da semana.
  5. Ilustre desenhe! Traga material ilustrativo para o DDS. Cartilhas, artigos de jornal são muito bem vindo também.
  6. Campanhas de segurança – Promova campanhas de segurança, faça de tempos em tempos algum tipo de campanha que chame a atenção e promova a conscientização. É importante aqui dizer que as campanhas podem fazer algum tipo de premiação, mas deixe bem claro que o objetivo maior das campanhas é trazer o bem estar no ambiente de trabalho e promover a integração da equipe.
  7. Estipule prazo de duração. O ideal é fazer reuniões rápidas e objetivas sendo 10 minutos mais que suficiente, caso o tema gere muita discussão chame os envolvidos e peça algumas sugestões para que possam ser discutidos em outro DDS e caso for preciso envolva a CIPA, os lideres da empresa e promova uma reunião para discutir o caso que esta gerando polêmica.
  8. Por ultimo e não menos importante – DDS é lugar de discutir SEGURANÇA do trabalho. Crie regras, é complicado proibir outros assuntos fora dessa proposta, mas seja criterioso ao escolher o tema. Assuntos relacionados à RH, produção é bom que seja tratado à parte, caso não seja possível deixe esses assuntos para o final, tratando antes dos assuntos de segurança do trabalho.




Lembrando sempre que DDS é de responsabilidade de todos e não apenas de técnico de segurança, devendo o técnico apenas conduzir os temas e envolver a equipe promovendo um ambiente propício à discussão saudável.


quarta-feira, 29 de junho de 2011

O que causa um acidente?

Muitos pensam que acidentes não podem ser evitados, isso é um mito e devemos combater essa falsa afirmação. Em alguns casos o acidente torna-se inevitável para uns, mas foi totalmente evitável para outros. Como? explico: caso alguém seja atingido por algum objeto que outro tenha deixado escapar, aquele que foi atingido não poderia ter feito nada, mas o que causou o acidente poderia ter evitado com certas práticas seguras.


Em nenhum caso até hoje pude ver acidente inevitável. Por isso devemos prestar atenção aos incidentes e quase acidente. Eles sem dúvida nenhuma servem de aviso no canteiro de obra para que nós nos atentemos em nossas atitudes e nos coloquemos em alertas para mudarmos nossos hábitos, pois esses sim são causadores de acidentes. Temos que ter em nossas ações uma atenção e extremo cuidado ao executarmos certas tarefas, pois a forma que fazemos nosso trabalho é que determina o zero acidente.




Com isso a pirâmide de Bird serve para nos auxiliar e buscar sempre a melhor forma de conviver com a força de nosso trabalho. Frank Bird utilizou de estatísticas e elaborou um sistema em que diz que para cada 600 incidentes geram em média 30 acidentes com perdas materiais que podem gerar 10 com lesão humana e por fim um acidente fatal.


Portanto sem dúvida nenhuma posso afirmar que o que causa um acidente são nossos hábitos, ao lado também é claro, da irresponsabilidade de algumas empresas que não prestam atenção nos equipamentos e deixam a desejar na manutenção preventiva.


segunda-feira, 20 de junho de 2011

Cuidados ao Trabalhar em altura

O trabalho em altura requer atenção especial, mesmo que esteja sobre escadas, andaimes, ou quaisquer outros meios que proporcione maiores elevações.

O trabalhador deve estar atento às suas ferramentas bem como as condições de seus EPI's, pois ao se trabalhar em ambientes altos aumenta-se o risco de acidente. Para aqueles que exercem a função de montador de andaime esse risco eleva-se ainda mais devido às condições adversas que a função lhes reserva.

Dentre todos os EPI's o cinto de segurança é o equipamento que mais requer atenção, não desprezando os demais. Os talabartes devem estar atracados em locais seguros e obrigatoriamente os dois talabartes, utilizando apenas de um somente em caso de locomoção, onde um permanece atracado enquanto o outro é mudado de posição.

Além do cinto de segurança o capacete também merece atenção, pois o uso do capacete protege a cabeça de eventuais pancadas ou até mesmo de objetos que podem cair por algum descuido. É importante fazer o uso do jugular para impedir que o capacete caia.

Sempre quando for executar algum trabalho em altura converse com a equipe ao seu redor, esteja atento com seu colega, e nunca suba em andaimes ou escadas debaixo de chuva, ou mesmo que tenha parado de chover quando ainda os equipamentos estiverem molhados.

É importante cuidar de seu companheiro mas também é importante avisar aos demais qualquer irregularidade que alguém porventura estiver cometendo. Assim é possível prevenir danos futuros a você ou à equipe, pois a segurança do trabalho se faz com o envolvimento de todos. Outro fator importante que previne incidentes é avisar quanto à indisposição própria, sempre que não em  estiver em condições de trabalhar em altura avise seu superior e peça que seja transferido para outra área.

Trabalhe com segurança!

quarta-feira, 15 de junho de 2011

O Talabarte Duplo

Nesse Blog irei tratar alguns assuntos relacionado à segurança do Trabalho. Como não sou especialista não irei aprofundar, apenas tratar o que normalmente é dito nos canteiros de obra.


Espero manter sempre com postagens relevantes, e com isso levar uma consciência prevencionista aos que leem. Como o assunto requer sempre temas atuais farei todo possível para atualizá-lo com frequência, e como o título sugere irei tratar com muita frequência assuntos relacionados ao trabalho em altura.





Oferta de emprego



Transpetro abre 322 vagas para oficiais da Marinha Mercante com salário a partir de R$ 7.964,11

http://www.administradores.com.br/informe-se/oportunidades/transpetro-abre-322-vagas-para-oficiais-da-marinha-mercante-com-salario-a-partir-de-r-7-964-11/52567/





Unicamp inscreve profissionais para atuar na área administrativa até sexta-feira (24-02-12)

As remunerações iniciais são de R$1.939,25 (nível médio) e R$ 3.656,82 (nível superior)

http://www.administradores.com.br/informe-se/oportunidades/unicamp-inscreve-profissionais-para-atuar-na-area-administrativa-ate-sexta-feira/52585/